quinta-feira, 24 de julho de 2008

Semente, muda, arvore, semente.

Pensando a respeito de estar lançado mundo , me invade sorrateiramente a seguinte pergunta:
Afinal o que estou ai fazendo ?
Esse “ai” me sugere um lugar, indeterminado por natureza pois esta sembre se modificando, a partir sempre do sentido que aponta o próximo passo.
Sou essa ente lançado no mundo providenciando meu cotidiano e (re)-inventando sentido. Assim vivo.
Como uma árvore que para crescer e dar frutos, deve descer ao mais profundo limite de suas raízes para extrair de lá seu alimento impulsionando mais o seu chamado natural que é: ganhar altura, semear novas arvores, dar frutos, acolher outros seres que precisam dela, e quando não for mais lhe servir tudo isso , naturalmente voltar a sua origem se desfazendo dessa forma para a próxima forma.
Eu me defino como Humano, sinto o peso e a leveza do presente, invento um passado juntando alguns “cacos” de minha precária memória humana do já vivido, que precisa esquecer o que foi pra sempre continuar se (re)-inventando.
Penso na minha responsabilidade pela vida.
Me perguntam afinal: o que se pro-cura na vida ? Não sei até que ponto mexer nas feridas mais profundas vai criar felicidade um dia. O que é então a felicidade sem a dor? Quero viver a vida sem meio termo: gosto do quente e/ou do frio, porque o morno eu cuspo...
Me calo nesse momento, sem saber se responder algo nesse momento vai ser de fato uma resposta autêntica, ou mais uma maneira de expressar minha mascara de “sabido” e tirar uma explicação técnica do mundo “psi” ou de outros saberes pra aliviar a acidez que minhas vísceras receberam essas perguntas, que já não são mais dele , agora são minhas.
Mais tarde escrevendo eu digo: Pois é lá na acidez da reflexão desse tema que vive o que posso procurar ainda com certo receio: Verdade.
Procuro meu Eu-verdadeiro, limpar minha centelha divina para que novamente possa refletir luz pura, caminhar nessa direção é sem duvida o que mais tenho evitado sem saber bem o porque.
Ao mesmo tempo percebo uma força forte e gostosa que sempre busca se manifestar nos desvios de olhar para essas questões... me trazendo a bela e viciante preguiça. Muitas vezes ainda me rendo a ela. Nesse caso é preferivel cuspir o morno .

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