quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Gracias a la vida

Gracias a la vida
Que me ha dado tanto,
Me ha dado la risa Y me ha dado el llanto,
Así yo distingo dicha De quebrantos,
Los dos materiales Que forman mi canto
Y el canto de todos
Que es mi propio canto.
Gracias a la vida
Gracias a la vida
Gracias a la vida
Gracias a la vida

domingo, 16 de novembro de 2008

Psicoterapia é pro-cura

Escrevo um resumo da palestra ministrada por João Augusto Pompéia publicada no livro “na presença do sentido”- uma aproximação fenomenológica a questões existenciais básicas de 2004.
Partindo de alguns mal-entendidos que considera sério, ele vai tecendo considerações a respeito da psicoterapia.
Diferentemente do que o senso comum dita sobre terapia como algo repressivo aos que não se enquadram nos padrões e imaginam que a terapia tem o objetivo de colocar no eixo, uma espécie de ortopedia moral , comportamental e ética .
Outro importante engano parte de nos psicoterapeutas que consideram a terapia como o lugar no qual são aprendidos os valores as normas e dicas para solucionar situações difíceis dando assim um lugar de “suposto-saber-de-verdades”
Esse equivoco parece mais chamativo já que o elemento mais fundamental de um terapeuta é o fato de “ele não saber”, não saber nesse caso me sugere um suspender o conhecimento, teorias e técnicas para se relacionar inteiramente com aquela pessoa que nos procurou.
Ele sita uma passagem importante na sua trajetória profissional na qual se recorda de um encontro com Medard Boss, psiquiatra suíço que desenvolveu a clínica fundamental na Daseinsanalyse e foi paciente de Freud. Ele sita :
“no consultório de Freud era completamente diferente(...) ele não fazia psicanálise , fazia Daseinsanalyse.”
Ao ser mais uma vez indagado a respeito da natureza do trabalho clinico Boss conclui: “Psicoterapia é procura”
A palavra procura também me chama atenção por abrir um campo de compreensão que acolhe outros significados quando se lê: pró-cura.
“Terapia é pró-cura”, isso é: “terapia é para cuidar” em latim, cura tem o significado de cuidar.
No caso da terapia aquilo que se procura não é algo que vai acontecer lá no final do processo, mas algo que se dá, passo a passo, através do modo como ele se realiza. Esse “modo “constitui o próprio acesso ao “o que”se procura .

terça-feira, 4 de novembro de 2008

O poder organizador do conhecimento

O poder de organização é parte integrante do conhecimento. O conhecimento de qualquer tipo é automaticamente metabolizado pelo corpo e pela mente na ordem correta, e resulta numa mudança de percepção a partir da qual é possível criar novas realidades.

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Felicidade para Todos


A vida evolui naturalmente em direção à felicidade. Você deve sempre se perguntar se o que está fazendo contribui para sua felicidade e a felicidade dos que o rodeiam. Como a própria felicidade e a de nossos semelhantes é o objetivo máximo, ela também é chamada de a meta de todas as metas.

Quando buscamos dinheiro, um bom relacionamento ou um excelente emprego, na verdade estamos querendo encontrar a felicidade. O grande erro que cometemos é não procurar a felicidade em primeiro lugar. Se fosse essa nossa atitude, tudo o mais viria naturalmente.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Notícias da sociedade de psicodrama de São Paulo.

Alegra-me muito ler essas palavras. Quero compartilha-las aqui.!

Notícias da última QUARTA EM AÇÃO do dia 22/10/2008: Kleber de Almeida Soares nos conduziu, sensível e cuidadoso, por espaços conhecidos e ao mesmo tempo desconhecidos da nossa sede atual, na companhia da poesia, do teatro e do Psicodrama. Ele nos brindou com uma vivência que nos trouxe leveza, bem-estar e muita troca. Foi a primeira vez em que um sócio-aluno conduziu uma atividade na Quarta em Ação. E que outros aproveitem, como ele, este espaço, para compartilharem suas experiências e enriquecerem o repertório de todos os nossos sócios.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

A manifestação dos desejos

Já que devemos sempre buscar o melhor, por que não adotarmos Deus como modelo? Afinal, não existe ninguém mais rico do que Ele, porque Deus é o campo de todas as possibilidades.

Existe um mecanismo preciso através do qual todos os desejos podem ser manifestados, e ele funciona em quatro etapas:

Primeira: Você entra no espaço que existe entre dois pensamentos. Esse vão é a janela, o corredor, o vórtex transformacional através do qual a mente individual se comunica com a mente cósmica.

Segunda: Nesse espaço, afirme sua intenção de atingir uma meta preestabelecida com a maior clareza possível.

Terceira: Desligue-se completamente de seu objetivo, porque apegar-se a um objetivo desejado ou procurá-lo faz com que você saia do vão.

Quarta: Deixe o universo cuidar dos detalhes para a realização do desejo.

Lembre-se de que a meta está entregue ao vão. É dele a potencialidade de organizar e orquestrar todas as etapas necessárias para produzir qualquer resultado.

Você deve se lembrar de alguma ocasião em que quis muito lembrar-se de um nome, mas não o conseguiu, apesar de todos os esforços. Entretanto, assim que você esqueceu esse desejo, que se desapegou do objetivo desejado, o nome surgiu em sua mente como num passe de mágica. Pois esse é o mecanismo da realização de qualquer desejo.

Enquanto você lutava consigo mesmo para lembrar-se do nome, sua mente estava alerta, turbulenta. Por cansaço ou frustração, você acabou desistindo da luta e a mente foi-se acalmando, acalmando, até quase imobilizar-se, e, sem perceber, você deslizou para o vão, onde liberou o seu desejo e logo o realizou. Esse é o verdadeiro significado das frases: “Peça e receberá” e “Bata e a porta lhe será aberta”.

Um dos modos mais simples e fáceis de entrar nesse vão é praticar a meditação, e qualquer forma de meditação ou prece pode ajudá-lo a manifestar seus desejos a partir desse nível.

Lembre-se, ao receber o resultado, que a gratidão e a generosidade são atributos naturais da mente voltada para a prosperidade.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Psicodrama e Teatro: A poética e a estética do espaço.


Quarta em Ação 22-Out-08
Psicodrama e Teatro: A poética e a estética do espaço.
Vivencia sócio-psicodramática
Sinopse: Vivência sócio-psicodramática inspirada nas idéias do filósofo G. Bachelard a respeito do texto “A poética do espaço”.
Mediada por técnicas teatrais e psicodramáticas, criaremos um espetáculo onde a experiencia do devaneio poético dará a direção da expressão cênica.
Direção: Kleber de Almeida Soares.
Ator, Psicoterapeuta.
Dia: 22 de outubro.
Horário: das 20h30 às 22h30
Local : Sede da sociedade de psicodrama de São Paulo - Sopsp: Rua Almirante Marques Leão, 777. Próximo ao metro Brigadeiro
Investimento: sócios e estudantes – R$ 10,00; não sócios – R$ 20,00.
Inscrições com Izilda pelos telefones 3284-4067 e 3251-3595 das 14h às 18h

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

No presente.

O futuro não pode ser previsto, mas pode ser inventado.
É a nossa habilidade de inventar o futuro que nos dá esperança para fazer de nós o que somos.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Darma

A Lei da Oferta e Procura é universal. Seja qual for o serviço que viemos prestar neste mundo, existe alguém precisando dele. Pergunte-se: “Como posso servir meus semelhantes?”, “Como posso ajudar?” As respostas estão em seu interior e você as descobrirá com facilidade.

Lembre-se de que cada um de nós tem um darma, um propósito na vida. Quando estamos em darma, valorizamos e amamos nosso trabalho.

domingo, 5 de outubro de 2008

Busca-dor.



"... solidão por trás da porta fechada de um quarto com um telefone celular à mão pode parecer uma condição menos arriscada e mais segura do que compartilhar um terreno
doméstico comum...”.


Amor líquido – sobre a fragilidade dos laços humanos, de Zigmunt Bauman

sábado, 4 de outubro de 2008

Ponto para meditar.


"Não tenho um caminho novo, mas um novo jeito de caminhar"

Desprendimento e caridade



Por definição, a consciência de riqueza é um estado mental.


Ter milhões guardados no banco


sem viver a experiência do desprendimento e da caridade

é um estado de pobreza.

Se você está sempre preocupado com quanto dinheiro vai precisar, por maior riqueza que possua, na verdade você é pobre.

O desprendimento leva automaticamente à caridade e à partilha, pois ele deriva da consciência de que a fonte que dá origem a tudo é infinita, ilimitada e inesgotável.

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Palavras do Pai, J.L.Moreno.



Resenha ainda em construção, mergulho num Universo próximo e desconhecido,Co-responsabilidade, criatividade , espontaneidade, co-concerva cultural.
Prefácio:
Sobre Este Livro como uma experiencia Transcendental “ J.L.Moreno:



“(...)Vinde a mim e me encontrarão . Alegrem-se! O enigma do mundo esta resolvido”
“ Quem é esse mim ?

Um nome ? Um pequeno pedaço do nada que se vai como um arco-iris no ceu e não retorna mais ?

Ou seria esse mim a coisa mais real que existe, o Criador do mundo, o princípio e o ultimo de todos os seres e de todas as coisas que existem ?


Em outras palavras , será que eu não seu nada, ou sou um Deus ?(...)”

Perceber-se além de sua auto-responsabilidade para uma responsabilidade com todas as pessoas das mais próximas às mais distantes. Pois Moreno acreditava que se existir responsabilidade ela deve necessariamente ir além da mera responsabilidade com a existência pessoal.
Assumir esse papel não seria possível sem antes se perceber responsavel na co-criação de tudo qeu já existiu , pelo que existe e pelo de-vir :


“ Eu criei , logo eu existo”


Relata que a partir disso passou a ouvir vozes que lhe deu a direção para a vida humana, para o cosmo, que traz a esperança de uma visão que prescreve que a vida é um processo infinito de criação.

Eu sou o Pai
do meu irmão e da minha irmã
Eu sou o Pai
do meu neto e do meu bisneto.
Eu sou o Pai do céu
que vai sobre a tua cabeça
e da terra que dorme debaixo dos teus pés.
Eu sou o Pai dos relâmpagos
que se lançam das nuvens e do arco-íris
que paira sobre as casas.
Eu sou o Pai dos passarinhos
que voa entre as árvores
e das bestas que corem
no coração da floresta.
Eu sou o Pai das montanhas
que erguem para o céu
e das flores que dançam nos prados.
Eu sou o Pai da tua linguá
e dos teus seios e dos teus pés.
Eu sou o Pai do pó
de onde tu vens
e do silencio em que te escondes.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Pensamento : Criando prosperidade.


Vejamos o que a ciência, em particular a física, tem a dizer sobre a natureza do universo que habitamos, a natureza do corpo humano, a natureza de nossa mente e a relação entre os três.

Segundo os físicos que estudam o campo quântico, todas as coisas materiais – sejam automóveis, corpos humanos ou notas de dinheiro – são feitas de átomos. Esses átomos, por sua vez, são feitos de partículas subatômicas, que, por sua vez, são flutuações de energia e informação num imenso espaço de energia e informação.

(...) Sintetizando, posso dizer que a conclusão fundamental dos estudiosos do campo quântico é que a matéria-prima do mundo não é material, as coisas essenciais do universo são não-coisas. Toda a nossa tecnologia baseia-se nesse fato, que faz cair por terra a atual superstição do materialismo.

Aparelhos de fax, computadores, televisores – todas essas tecnologias só são possíveis porque os cientistas não acreditam mais que o átomo, a unidade básica da matéria, seja uma entidade sólida. Um átomo não tem nada de sólido. Ele é uma hierarquia de estados de informação e energia em uma vastidão de possíveis estados de informação e energia.

A diferença entre duas coisas – como a diferença entre um átomo de chumbo e um átomo de ouro – não está no mundo material. As partículas subatômicas como prótons, elétrons, quarks e bosons que constituem um átomo de outro ou de chumbo são exatamente as mesmas. Além disso, embora as chamemos de partículas, elas não são materiais, e sim impulsos de energia e informação. O que torna o ouro diferente do chumbo é a organização e a quantidade desses impulsos.

Toda criação material é estruturada a partir de informação e energia. Todos os eventos quânticos são basicamente flutuações de energia e informação. E esses impulsos de energia e informação são as não-coisas que constituem tudo o que consideramos coisa ou matéria.

Portanto, fica claro que não apenas o estofo essencial do universo é uma não coisa, mas também que ela é uma não-coisa pensante! Afinal, o que é um pensamento senão um impulso de energia e informação?

Achamos que os pensamentos só acontecem dentro da nossa cabeça, mas essa impressão deve-se ao fato de os percebermos como algo estruturado linguisticamente, que é falado em nossa própria língua. Todavia, esses mesmos impulsos de energia e informação que vivenciamos como pensamentos – esses mesmos impulsos – são a matéria-prima do universo.

A única diferença que existe entre os pensamentos que estão em minha cabeça e os que estão fora dela é que eu percebo os primeiros em termos estruturados linguisticamente. Contudo, antes de um pensamento tornar-se verbal e ser expresso como uma linguagem, ele não passa de uma intenção e, mais uma vez, é apenas um impulso de energia e informação.

Em outras palavras, num nível pré-verbal, toda a natureza fala a mesma língua. Somos todos corpos pensantes num universo pensante. E assim como o pensamento se projeta das moléculas do nosso corpo, os mesmos impulsos de energia e informação projetam-se como eventos espaço-tempo em nosso ambiente.

Por trás da roupagem visível do universo, além da miragem das moléculas, da maya – ou ilusão – do que é físico, jaz uma matriz una, invisível, feita de nada. Esse nada invisível silenciosamente orquestra, instrui, orienta, governa e obriga a natureza a expressar-se com infinita criatividade, infinita abundância e inabalável exatidão em uma miríade de estilos, padrões e formas.

As experiências da vida são o movimento contínuo dessa matriz do nada, desse movimento contínuo tanto do corpo como do meio ambiente. São nossas experiências de alegria e tristeza, de êxito e fracasso, de fortuna e pobreza. Todos esses eventos são aparentemente coisas que nos acontecem, mas, em níveis mais primordiais, somos nós que as fazemos acontecer.

Os impulsos de energia e informação que criam nossas experiências refletem-se em nossas atitudes diante da vida, e nossas atitudes são o resultado e a expressão dos impulsos de energia e informação que nós mesmos geramos.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

A fonte de toda Prosperidade


A fartura é o estado em que todas as nossas necessidades são prontamente atendidas e nossos desejos facilmente realizados. Nesse estado vivenciamos alegria, saúde, felicidade e vitalidade em todos os instantes de nossa existência.

(...) Quando estamos ligados à natureza da realidade e sabemos que essa mesma realidade é nossa própria natureza, percebemos que podemos criar qualquer coisa, porque toda criação material tem uma única origem. A natureza recorre ao mesmo manancial para criar um aglomerado de nebulosas, uma galáxia de estrelas, uma floresta tropical, um corpo humano ou um pensamento.

Tudo o que é matéria, tudo o que podemos ver, tocar, ouvir, saborear ou cheirar é feito da mesma coisa e vem da mesma fonte. O conhecimento desse fato nos confere a capacidade de realizar qualquer desejo, adquirir qualquer objeto material que possamos querer e vivenciar sem limites a realização e a alegria.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Criando Prosperidade



Criando.

Mundos infinitos surgem e desaparecem na vasta expansão de minha própria consciência,
como se fossem partículas de poeira dançando num raio de luz.”

Antigo Provérbio Védico

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Prosperidade II


Era uma vez, num reino distante, um jovem que entrou na floresta e disse a seu mestre espiritual:

-Quero possuir riqueza ilimitada para poder ajudar o mundo. Por favor, conte-me, qual é o segredo para se gerar abundância?
O mestre espiritual respondeu:

-Existem duas deusas que moram no coração dos seres humanos. Todos são profundamente apaixonados por essas entidades supremas. Mas elas estão envoltas num segredo que precisa ser revelado, e eu lhe contarei qual é -Com um sorriso, ele prosseguiu:
Embora você ame as duas deusas, deve dedicar maior atenção a uma delas, a deusa do Conhecimento, cujo nome é Sarasvati. Persiga-a, ame-a, dedique-se a ela. A outra deusa, chamada Lakshmi, é a da Riqueza. Quando você dá mais atenção a Sarasvati, Lakshmi, extremamente enciumada, faz de tudo para receber o seu afeto. Assim, quanto mais você busca a deusa do Conhecimento, mais a deusa da Riqueza quer se entregar a você. Ela o seguirá para onde for e jamais o abandonará. E a riqueza que você deseja será sua para sempre.
Existe poder no conhecimento, no desejo e no espírito. E esse poder que habita em você é a chave para a criação da prosperidade.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Prosperidade

A prosperidade e a abundância ilimitada fazem parte do estado natural do ser humano.
É necessário apenas nos lembrarmos do que já sabemos.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Bilhete revela-dor

Espera
Quando a alma do mundo me visita e sinto a dor da extinção
então eu tiro do bolso o bilhete que contém o nosso nome:
“ - permaneça no enigma, pois aquilo que desaloja é o mais hospitaleiro”
se a turbulência separa, respeite a doçura do seu mando.
– ela difere do lento assassinato que constitui a tua herança

Juliano Pessanha no livro : A incerteza do agora.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

responsabilidade


Não sou nenhum critico de arte e nem tenho tal pretenção, mas me permito aqui escrever algumas coisas de como essa imagem me toca.
O nome dessa pintura é: Auto retrato.
Nele vemos um homem pintando uma passaro se inspirando num ovo.
Vejo que essa provocação de leva a crer que Magrith pintou o que na filosofia existencial ocidental, no Zen budista, no Induismo e em outros saberes superiores dizem: Somos potência ser-si-mesmo, um devir-si-mesmo.
Vejo que ao pintar uma ave buscando inspiração no ovo interpreto da seguinte forma:
O Ovo representa a centelha divina de se tormar o que se é; pássaro.
O homem representa a consciência, o olhar individual, analítico espaço/temporal.
O Pincel representa as ações, no mundo ( tela).
Nos tornamos quem somos, quando conscientemente e verdadeiramente agimos com nossos sentimentos de amor, prosperidade, justiça e harmonia.

domingo, 10 de agosto de 2008

A escuta daseinanalítica. Palavras de Nichan Dichtchekenian


A palavra chave para essa questão é preocupação, como forma privilegiada do analista na relação de ser com o outro, o analisando.
Nosso trabalho como analistas é amadurecer em nós um modo de ser como pessoas, que tem como qualidade fundamental poder escutar verdadeiramente o outro e poder, nessa escuta, efetivamente estar com o outro, lembrando que cada um de nós tem as referências fundamentais da existência.
As referências fundamentais da existência são: ser e não ser, angústia e culpabilidade, ser no mundo, temporalidade e historicidade, e transcendência. A Fenomenologia busca iluminar o modo próprio de cada um poder ser e existir como humano, levando em conta essas reflexões.
Angústia quer dizer: sou eu, e somente eu, que vou ter que dar conta de mim mesmo, ninguém mais. Se alguém der conta por mim, o inferno se mostrará na sua expressão máxima.
Culpa ou culpabilidade não é sentimento de culpa. Eu sou aquele que tem que dar conta daquilo que me toca e, se me toca, eu vou responder. Culpabilidade é, portanto, o quanto eu fico em dívida com a minha sensibilidade para com o que se mostra. Culpa, ou culpabilidade, não é ter que dar respostas certas. É o sentimento de não estar dando respostas próprias, de não viver o que é o meu modo de responder.
Temporalidade e historicidade são outras referências. Temporalidade quer dizer o quanto eu consigo estar aqui presente, levando em conta dois aspectos simultaneamente: a finitude e a presença. Eu sou mortal e, portanto, quem eu sou agora é insuperável. Minha presença responde como companheira de minha finitude, conjuga-se com ela. Temporalidade nos remete à existência como ruptura, descontinuidade. Finitude e presença são ecos significativos da natureza instantânea de nossa existência. O instante é o convite irrecusável do meu existir como abertura para o novo e para a não retenção absoluta do já vivido.
Historicidade é a dimensão que revela como eu me aproprio da multiplicidade de instantes a que estou, necessariamente, submetido. É o caminho existencial que eu desenho, cujo rosto identificável só se mostra no momento da angústia.
Transcendência é o modo como eu vivo de uma maneira significativa este instante que é tão concreto e direto em mim, isto é, que tipo de simbolização efetiva eu vivo dos instantes de agora. Transcendência é conseguir articular o infinito dos significados com os instantes aos quais nós estamos condenados. Nós não saímos nem dos instantes, nem da possibilidade de ultrapassá-los, através da significação. Transcendência é, portanto, um aprofundamento de sentido do vivido na simplicidade do instante.
A escuta daseinanalítica é uma maneira de você estar com o outro em que você escuta esse outro de uma maneira absolutamente verdadeira, voltada para o modo como ele dá conta destas dimensões. Cada um de nós, em cada ato, está dando conta dessas dimensões, está respondendo a elas. Trata-se de acompanhar como a pessoa está acolhendo estas determinações. Ela as aceita ou as rejeita? Ela realiza algum movimento em que a articulação, pertencimento e autonomia estão presentes? Estas são as faces, os modos de articular essas dimensões que nos caracterizam.
Sugiro, como olhar fenomenológico, que prestemos atenção aos simples e medíocres instantes em que somos. Eu nada serei se não pertencer a algo, e nada serei se não viver o eu mesmo. Como lidar com isso? Sendo eu mesmo no interior da familiaridade, eu mesmo no interior do já eternamente dado. Como é isto? Isto não pode ter uma resposta antecipada. É uma questão que vem ao nosso encontro e, na análise, nós vamos acompanhar o movimento de cada um e, ao fazê-lo de uma maneira íntima e próxima, estaremos oferecendo ao analisando a possibilidade dele, assegurado de si a partir do já vivido, poder se lançar, na maior proximidade possível de si mesmo, para um instante original e próprio.
Compreender o homem é compreender cada um como uma expressão absolutamente original, irrepetível, de ser homem. Essa compreensão é necessária, mas não é suficiente. Além dela, é necessário acompanhar a particularidade histórica, factual da existência da cada um de nós. Porque no interior desta facticidade é que está sendo realizada a existência de cada um.
Na escuta daseinanalítica, não se trata de levar a pessoa a grandes significações gerais a respeito do homem, mas de viver significações no interior da simplicidade e factualidade da sua vida. A compreensão é um movimento absolutamente necessário para o nosso trabalho e é, no interior da existência concreta e simples de cada um, que ela vai poder ter uma repercussão, uma ressonância com consistência.

A Fenomenologia - Nichan Dichtchekenian. Parte II


Dentro do olhar fenomenológico, o social é uma dimensão originária e fundante do homem. O social não é uma dimensão posterior à constituição do homem como tal, é o momento originário da constituição do homem como homem. Sob o ponto de vista fenomenológico, a estrutura existencial significativa que expressa essa dimensão fundante e constituinte do homem que nós identificamos como o social é a dimensão do humano enquanto ser com o outro.
Ser com o outro indica, primordialmente, uma sensibilidade natural do homem para com o outro que lhe é diferente. Esta sensibilidade coloca o homem, desde o início da sua presença, diante da questão do outro como irredutível a ele mesmo. O outro já lhe é dado como um acontecimento.
Desde o começo de sua presença, porque o outro já lhe é dado como um acontecimento, o homem se encontra frente à questão da relação, que quer dizer impossibilidade de reduzir um termo pelo outro. Por mais que haja movimentos que busquem absorver um termo pelo outro, cada um dos termos se mantém diferenciado do outro.
Então, o social é uma dimensão da existência que é absolutamente inalienável de nós. O social não é da ordem da preocupação ou da despreocupação, do interessante ou do desinteressante. O social está presente em todos os instantes de nossa existência, porque a existência do outro é uma referência permanente até para as minhas questões mais íntimas.
A materialidade da realidade diz respeito à estrutura de valores que orientam e privilegiam os modos de relação, o social, porque relação já quer dizer social. A palavra relação, para a Fenomenologia, só subsiste quando há uma referência clara ao social como tal. Assim, a materialidade estudada permite compreender o modo de ser dos indivíduos.
Além disso, fenomenologicamente, como os indivíduos e grupos articulam os valores sociais herdados e presentes, com suas demandas de relação social? Aí as referências sociais são: preocupação com os aspectos éticos e de realização de um grupo humano ao qual pertencemos, e que, de algum modo, nos tocam ou nos dizem respeito.
Creio que as referências que a abordagem Sócio-histórica tem com relação a este aspecto, não diferem daquilo que eu compreendo como legítima e fundamental preocupação da Fenomenologia. O social não é algo que eu escolho. É preciso levá-lo em conta como uma dimensão absolutamente essencial na constituição da existência das pessoas, sejam elas grupos ou indivíduos.

A Fenomenologia - Nichan Dichtchekenian. Parte I


Desenvolvimento supõe duas dimensões simultaneamente presentes em nós: a primeira é envolvimento, que é ser de um modo, eu sou deste modo; a outra dimensão é desligamento, viver, experimentar, ser um novo modo de ser.
Desenvolvimento humano é aprofundamento (envolvimento) e ampliação (desligamento) das questões existenciais de cada um. Portanto, para a Fenomenologia, desenvolvimento não quer dizer progresso, desenvolver-se não quer dizer ficar melhor, quer dizer aprofundar-se no modo próprio de ser e conseguir perceber as cruzes e as glórias deste modo de ser.O outro modo de desenvolvimento humano é amadurecimento e superação de possibilidades existenciais. Com a percepção de que há um movimento de incorporação e transformação no desenvolvimento, o significado de desenvolvimento não pode ser confundido com progresso, melhoria das minhas possibilidades.

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Me-expresso 2222.


Reunidos
Me-expresso 2008

Naturalmente Por : Pedro Aquino

A vida e a natureza sao essencialmente livres, fluidas e sempre tendem ao crescimento, à expansao e à multiplicaçao.A semente que é plantada nao fica paralisada de medo por que foi deixada em solo pouco nutritivo. Ao contrário, aproveita ao máximo os recursos disponíveis e mantém o curso em direçao ao único fito de sua existência.A semente quer brotar.O broto, as raízes, e qualquer extensao nascida da semente que já se expande, nao ficam a sofrer de orgulho, quando encontram em sua frente uma pedra ou outro obstáculo de percurso. Simplesmente continua seu devir, preenchendo cada espaço que lhe foi dado, para assim crescer e frutificar.A semente quer dar flores e frutos.Para chegar a cumprir a finalidade de seu nascimento, olha apenas para o lado em que a vida pode seguir. Mesmo assim, nao faz de sua finalidade vital um motivo para obstinar-se, o quê a faria perder o prumo. Quando acabam-se todos os recursos, aceita a morte sem qualquer sofrimento, devolvendo à terra que a amparou, outra existência plenamente realizada.Um novo ciclo recomeça.Mas o homem civilizado faz diferente. Ele quer fazer melhor. Por isso, quer fazer aquilo que todos irao gostar. Quer estar no lugar certo, na hora certa, com as pessoas certas. E quer também ser invencível, ou se pudesse, imortal.Tolice.Acaba que nao faz nada!Deixa de regar a semente da vida plena, que guarda esquecida dentro de si, e cuida de regar a semente do sofrimento, que tem no medo sua raiz, um vigoroso caule da obstinaçao e gera os frutos do orgulho.Um dia, cansa-se de comer os frutos ocos, de trepar em galhos quebradiços e arranca o medo pela raíz.Exausto pelo esforço, faz uso do único recurso que ainda lhe resta.Lembra-te daquela semente esquecida, em seu coraçao?É também conhecida pelo nome de VIDA.Na raiz, encontra-se o amor.O tronco, é constituído pela vontade.O fruto é a liberdade.Para fazer crescer, acrescente à agua uma boa dose de auto-responsabilidade.(mas esta é uma outra história...)
Fonte:http://flautadepan.blogspot.com

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Palavras Soltas I


Vamos juntos se abrir verdadeiramente pro que temos que viver.
Amarras do passado, dêem espaço pro novo que quer brotar e dar frutos:
Alimente, hidrate e areje minha vida com seu sabor:
Venha amargo para um paladar que precisa se acostumar com sua acidez.
Venha doce pra simplesmente trazer o acalanto de sua natureza.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

pro-cura: Semente, muda, arvore, semente.

Escolha

Diz-me numa prece um brilhante professor.

- Escolher implica em eleger.
Eleger implica em perder.
Perder implica em morrer.

Quem sabe isso ajuda a refletor sobre a liberdade e responsabilidade.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Semente, muda, arvore, semente.

Pensando a respeito de estar lançado mundo , me invade sorrateiramente a seguinte pergunta:
Afinal o que estou ai fazendo ?
Esse “ai” me sugere um lugar, indeterminado por natureza pois esta sembre se modificando, a partir sempre do sentido que aponta o próximo passo.
Sou essa ente lançado no mundo providenciando meu cotidiano e (re)-inventando sentido. Assim vivo.
Como uma árvore que para crescer e dar frutos, deve descer ao mais profundo limite de suas raízes para extrair de lá seu alimento impulsionando mais o seu chamado natural que é: ganhar altura, semear novas arvores, dar frutos, acolher outros seres que precisam dela, e quando não for mais lhe servir tudo isso , naturalmente voltar a sua origem se desfazendo dessa forma para a próxima forma.
Eu me defino como Humano, sinto o peso e a leveza do presente, invento um passado juntando alguns “cacos” de minha precária memória humana do já vivido, que precisa esquecer o que foi pra sempre continuar se (re)-inventando.
Penso na minha responsabilidade pela vida.
Me perguntam afinal: o que se pro-cura na vida ? Não sei até que ponto mexer nas feridas mais profundas vai criar felicidade um dia. O que é então a felicidade sem a dor? Quero viver a vida sem meio termo: gosto do quente e/ou do frio, porque o morno eu cuspo...
Me calo nesse momento, sem saber se responder algo nesse momento vai ser de fato uma resposta autêntica, ou mais uma maneira de expressar minha mascara de “sabido” e tirar uma explicação técnica do mundo “psi” ou de outros saberes pra aliviar a acidez que minhas vísceras receberam essas perguntas, que já não são mais dele , agora são minhas.
Mais tarde escrevendo eu digo: Pois é lá na acidez da reflexão desse tema que vive o que posso procurar ainda com certo receio: Verdade.
Procuro meu Eu-verdadeiro, limpar minha centelha divina para que novamente possa refletir luz pura, caminhar nessa direção é sem duvida o que mais tenho evitado sem saber bem o porque.
Ao mesmo tempo percebo uma força forte e gostosa que sempre busca se manifestar nos desvios de olhar para essas questões... me trazendo a bela e viciante preguiça. Muitas vezes ainda me rendo a ela. Nesse caso é preferivel cuspir o morno .

segunda-feira, 14 de julho de 2008



-Papagaio também fala.

domingo, 13 de julho de 2008

Artigo


Autoconhecimento
O ser humano é essencialmente um ser social, Constatantemente encontramos pessoas, e nos deparamos com situações que possibilita ensinar algo do mundo e de nós mesmos.
Diariamente ao encontrar outra pessoa somos logo tomados pela questão: como essa pessoa que chega esta se sentindo nesse momento? Daí perguntamos: como vai você?
Geralmente obtemos como resposta algo parecido como: Vou bem, e você ? - certamente essa pessoa também se tocou com sua presença e se perguntou sobre você.
Nossa resposta segue geralmente esse roteiro: Vou bem também.
Mas nalgum momento você já se perguntou se essa era a resposta mais adequada ao que está sentindo de sua vida ?
Atualmente somos estimulados a alcançar esse estado de bem-estar de muitas formas, leituras, ginastica, remédios, e por ai vai.
No entanto, quando essas atividades não suprem seus mais verdadeiros anseios podem provocar novamente o questionamento: Como eu gostaria que minha vida estivesse?
Inúmeros são os caminhos para se chegar a sua resposta. Vou aqui indicar dois: a meditação e a psicoterapia.
Ao contrário do que se passa no imaginário coletivo, meditar não é sair por ai , “levitando”. Meditar é o estado mental que se pretende alcançar ao simplesmente se colocar numa posição confortável fechar os olhos e procurar “silenciar” a mente , observando-se sem julgamentos, os pensamentos e sensações que lhe ocorrer durante o período esse período. - Apenas respire e se observe.
Entendo psicoterapia como um processo que ocorre individual, em grupo ou em domicílio que visa a promoção de autoconhecimento ( talentos e aptidões), entender de que forma o aprisionamento no passado impede o sucesso no presente identificando o que é falso em si e caminhar em direção as suas verdades.
Essas e outras questões a respeito da psicoterapia você encontra no site: www.aprimore.com.br
Kleber de Almeida Soares
psicólogo e psicodramatista
Praça Oswaldo Cruz, 124 conj: 105. Paraíso.
Telefone: 3285-1837 / 7267-7397.

terça-feira, 8 de julho de 2008

Lei.



Em pensar no cuidado nos pensamentos
Vejo que pensar é acontecer.
Acontecendo, semeando, regando pacientemente...
Aconteceu?
O que vale nesse caso não é a chegada, mas sim o caminhar;
Mas é claro que tudo na vida tem um preço,
O que ainda não quero é continuar na barganhada.- “e esperando o lucro.”
Hoje! Quero pagar meu máximo.

terça-feira, 1 de julho de 2008

Oração.


Onde há dúvida, que eu leve a fé.
Onde há ódio, que eu leve amor.
Onde há ofensa, que eu leve perdão.
Onde há discórdia, que eu leve união.
Onde há erro, que eu leve verdade.
Onde há desespero, que eu leve esperança
Onde há trevas que leve a Luz,
Onde há tristeza, que eu leve alegria.
Senhor fazei de mim, um instrumento de tua paz.
Ò mestre,
Fazei que eu procure mais:
Consolar, que ser consolado.
Compreender, que ser compreendido.
Amar, que ser amado.
Pois é dando, que se recebe.
Perdoando, que ser perdoando. E é
morrendo que se vive para a vida eterna.
Amém.

quarta-feira, 4 de junho de 2008


...Tendo idéias e sentimentos por os ter

Como uma flor tem perfume e cor...

domingo, 4 de maio de 2008

Paciência



Nos diferentes papeis que exerço no cotidiano
Providenciando soluções e reinventando sentidos
Apresento uma ciência cujos paradigmas ainda não consta no manual do mundo.
Como seria o sujeito que estuda a ciência da paz ?

sábado, 3 de maio de 2008

Mergulho confiante no amor


Alguns surdamente me perguntam:
O que afinal é isso?
O que você tá querendo dizer com isso ?
Digo sorrateiramente que é isso que eu quero .
Mergulhar de olhos e ouvidos fechados
pra abrir outros olhos e ouvidos.
Mergulhar lentamente guardando todos os momentos
Para lembrar-lo algum tempo depois:
Guardar, guardar, guardar.
Guardar uma coisa, não é esconde-la ou tranca-la
Em cofre não se guarda nada.
Em cofre perde-se a coisa a vista
Guardar uma coisa é olha-la, fita-la
mira-la por admira-la, isto é:
Iluminar ou ser por ela iluminado.
É estar acordado por ela.
Estar por ela, ou ser por ela.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Algum tempo depois.


O estava esquecido, largado na ação do tempo,
Tem hoje um sentido pra voltar a existir como importante.
Venha sim desse jeito , autentico e cortante .
“Esqueça para lembrar” .
“Morra para nascer” .
Sem lamentos, sem medo.
Sem dês-cuido .
Cuidar sim, do modo novo de estar-ai.
Nascido hoje , sem foguete .
Sem retrato e sem bilhete ,
Sem luar , sem violão .
Nasce só, por sua natureza
para terminar só como lançou-se
De onde veio. - Volte.
Consagrando o que de mais belo realizou,
Ficando no mundo seus melhores traços .
Belas ações ainda escondidas devem lançar-se no infinito
Tomando forma, cheiro e cor.
Pronto para serem aquecidos e degustados á gosto.
Porque a felicidade vivida só,
não parece ser autenticamente verdadeira .
A felicidade pra ser verdadeira deve ser compartilhada...
De longe alguém diz: - Esta servido.
-Vamos antes que esfrie.

terça-feira, 8 de abril de 2008

Pré- sença!


Estamos próximos na distancia
conectados sem instrumentos.


Num encontro indeterminado sinto:
Sua respiração,
Sua pré-sença.

No acalanto atencioso:
As palavras.
Na esperança:
Meu descanso.

sábado, 5 de abril de 2008

Ecos!



Como sobrevivo ?
Ação transformadora e co-construção
Meio ambiente = cidadania + ética nas relações
Devir
Reconhecer o outro como um Outro.
Reconhecer-se no outro?
Se sentir reconhecido: portanto, valorizado pelo Outro.
Humano
Eu empreendedor ?
Psicodrama & Teatro ?
Sonho & Realidade = utopia?
Como sobreviveremos ?

quinta-feira, 3 de abril de 2008

"Tele "


“... Dividimos o tempo em três partes: passado, presente e futuro. Essa divisão é falsa, absolutamente falsa. O tempo é relativamente passado e futuro. O presente não é parte do tempo, e sim da eternidade. Aquilo que passou é tempo, aquilo que está por vir é tempo. Aquilo que é não é tempo, pois ele nunca passa, ele sempre existe. O agora está sempre aqui – ele está sempre aqui. Este agora é eterno...” Osho

Essa reflexão contém o pano de fundo para minha tentativa de compreensão do que Moreno postula: Fator Tele. Pois as interações humanas se dão no momento presente. Daí a relevância desse grifo.
Martín, E. G. em Psicologia do encontro aponta que Moreno chegou ao conceito tele por dois caminhos: Pela sua experiencia de vida, e pela imposição de seu trabalho com os grupos: talvez aqueles primeiros trabalhos terapêuticos com grupos.
No teatro espontâneo percebeu que a atuação espontânea dos protagonistas produzia efeitos terapêuticos que surgia da interação entre os atores, fato que levou a hipótese de um fator terapêutico interpessoal.
Esse fato conduziu à observação de outro fenômeno: os atores não se empatizavam indistintamente, mas existia entre eles forças atuantes de simpatia e rechaço levando-o à hipótese de haver um fator operando nessas inter-subjetividades, conceituando-o de tele.
Etimologicamente o termo vem do vocábulo grego que significa longe ou distante,não derivando de telos, finalidade ou intencionalidade. No entanto não devemos se prender nesse caso à etimologia desse termo, para apreender o que moreno entendia sobre essa manifestação, entendemos Tele “como a menos unidade de sentimentos, transmitidos entre indivíduos” definida também como uma relação elementar que pode existir tanto entre indivíduos ( contexto bi-pessoal, grupal) , como entre indivíduos e objetos.
Segundo Moreno, “Tele é a percepção interna e mutua dos indivíduos, é o cimento que mantém os grupos unidos ( ...) Tele é uma estrutura primária: a transferência, uma estrutura secundária. Depois de se desvanecer a transferência, certas condições tele continuam operando. A tele estimula as relações permanentes e as associações estáveis. Supõe-se que no desenvolvimento genético da criança e tele surge da transferência.”1
Martín, E. G. tece conclusões a respeito dos desdobramentos desse conceito:
O fator tele se origina no momento presente e que a transferência é um sentimento provindo de “um lado” da relação, o tele é um sentimento de mão dupla; transferência, por ser um concito psiquiátrico só é válido para o psicopatológico enquanto que tele é um conceito útil para ao psicólogo, ao psiquiatra e ao sociólogo; a transferência é um conceito subjetivo enquanto tele é um conceito objetivo; transferência é causa de enfermidades, tanto no indivíduo quanto no grupo, porém o fator tele é um elemento são e terapêutico; a transferência é um fator secundário que aparece posteriormente na vida enquanto tele é um fenômeno primário que atua quase a partir de nascimento, entendendo que o fator tele opera a medida que a criança passa a distinguir o seu corpo de um outro corpo ou objeto (grifo meu).
Wilson Castello de Almeida define tele “como um processo emotivo projetado no espaço e no tempo em que devem participar duas ou mais pessoas. É uma experiencia de algum fato real verdadeiro autêntico, existente, não é uma ficção subjetiva. È sempre uma experiencia interpessoal no aqui e agora e não o sentimento ou emoção de uma só pessoa. “
Esse referencial contemporâneo procura entender o psicodrama a luz da filosofia fenomenológica-existencial e psicanalítica, cuja finalidade é oferecer uma ampliação conceitual dos termos morenianos, e completa dizendo que “ Para haver tele, há de haver, pois, intencionalidade, intuição e intersubjetividade”
Podemos entender tele como um desdobramento com referencial filosófico do encontro até a inversão de papeis:
“(...)Em lugar de passos imperativos , o imperador.
Em lugar de passos criativos, o criador.
Um encontro de dois: olhos nos olhos, face a face.
E quando estiver perto, arrancar-te -ei os olhos e colocá-los-ei no lugar dos meus;
E arrancarei meus olhos
para colocá-los no lugar dos teus;
Então ver-te-ei com os teus olhos
E Tu- me-ás com os meus.
Assim, até a coisa comum serve o silencio
E nosso encontro permanece a meta sem cadeiras:
O lugar indeterminado, num tempo indeterminado,
A palavra indeterminada para um Homem indeterminado(...)”
Moreno.
Concordo com Wilson Castello de Almeida ai afirmar que tele, transferência, vinculo,
identificação, empatia imitação são atributos humanos diferentes entre si. Cada um com um tipo de registro no intra e no interpsiquico, mas com a possibilidade de estarem próximos, em participação isolada ou concomitantemente, no núcleo existencial do indivíduo.
Heidegger, 1926. Em Ser e Tempo, propõe que “... A abertura da co-presença dos outro, pertence ao ser-com, significa: na compreensão do ser da presença já subsiste uma compreensão dos outros, porque seu ser é ser-com ...” pg.180
A intersubjetividade é a inter-relação dos fenomenos psíquicos revelando em função da relação intencional, é a intercomunicação de consciência e de subjetividades, pelo qual o homem é coexistente.
Dalmiro M. Bustos postula que a capacidade transferencial é algo potencial em todo ser humano, o terapeuta pode perceber transferências próprias estimuladas pela relação com seu paciente; a diferença está em que poderá objetiva-las para compreender desde ai aspectos profundos de seu paciente fazendo com que seja fundamental o tratamento profundo dos
terapeutas permitindo manejar positivamente suas vivencias a fim de proporcionar ao paciente experiencias genuinamente terapêuticas.
Assim como ambos são capazes de transferência, também ambos são capazes de tele e é sobre esse alicerce que se edifica fundamentalmente a relação terapêutica, “ o processo de cura vai-se dando quando em uma relação terapêutica, na qual domina a transferência, vai-se incrementando o aspecto tele, ambos se conheceram profundamente, pois ainda que a atenção central esteja no paciente, o terapeuta está em jogo continuamente nesta relação e da experiencia recíproca nasce um conhecimento também recíproco.” Bustos, 1977.
1A transferência é o desenvolvimento de fantasias ( inconscientes ) que o paciente projeta no terapeuta, cercando-o um certo fascínio. Mas há um outro processo que tem lugar no paciente, naquela parte do seu ego que não é afetada pela auto-sugestão. Por meio dela, o paciente avalia o terapeuta e percebe intuitivamente que espécie de homem ele é. J.L. Moreno.

quarta-feira, 26 de março de 2008

Esboço de um conto : titulo: sem titulo

Ele come só uma comida sem carne animal.
Uma mulher entrando no restaurante lhe chama atenção.
Apois terminar sua salada ela se aproxima dizendo:
-Posso me sentar aqui?
-Claro. Responde o rapaz, alegre pela demonstração de confiança - afinal ninguém pede para se sentar com ele a muito tempo.
-Silêncio-.
Ele se levanta para repetir o prato e ao voltar repara que uma outra mulher esta perto da mesa a falar com aquela moça.
Parecem íntimas , como se falacem a mesma linguágem e compartilhassem a mesma experiência.
- Acalme seu coração, vou orar por sua mãe. - ela diz a mulher para moça na mesa.
O rapaz inicia seu sengundo prato. Mas algo lhe chama a atenção na moça, sente como se uma presença diferente á sua frente.
Num olhar tímido de canto de olho ele perceber que a moça esta numa posição de reza com as duas mãos unidas de frente ao rosto em profunda meditação.
Começaram a comer após algums instantes.
Um clima estranho os cercam, uma certa tenção.
Para quebar o gelo tornando esse momento mais agradavel, ele afirma:
- Quarta-feira a comida aqui é especial... muito boa.
- Você vem sempre aqui.?
- Venho.
- Você é adventista?
- Não.
(Silêncio)
- Você se alimenta sempre assim sem carne ?
- Sim.
Então ela começa a contar suas experiencias e ensinamentos religiosos, ele a escuta atenciosamente.
Uma funcionária do restaurante se aproxima da mesa alegre e diz a moça:
- Nossa , vocêis já se conheciam ? ele é bem legal. Por que é que você não fala com ele sobre daquele seu problema ...?
Ela, a moça, numa expressão ibrida de alivio e embarço começa sua história:
- "(...) Minha irmã foi moradora de rua e morreu recentemente, tentamos de toda forma traze-la pra casa , mas ela não ia. Ela viveu quarenta anos na rua e dizem que morreu espancada por um homem. Ela havia cuspido em seu filho rescém nascido, furiozo ele a espanca até a morte"(...)
(...)Eu me sinto culpada por não ter sido capaz de salvar a vida dela. Mas ela quis assim(...)
No final da conversa ela revela que estava se alimentanto para enfrentar mais um dia difícil na procura do corpo de sua irmã.
Ele sai da mesa se desulpando por não poder ajudar nesse assunto.
Desculpas essas eram pra si-mesmo que não padecia de tanta dor quanto a dessa mulher , mas se sentia como aquela irmã: morto, sujo e esquecido por si-mesmo.
Ele então ao sair toca sutilmente seu ombro esquerdo e em voz baixa diz:
- Força.

sábado, 22 de março de 2008

sexta-feira, 21 de março de 2008

Oficina do Teatro Com-Ciência

Mais ou menos nessa época no ano passado, me lancei profissionalmente. Como ator tinha acabado de sair de uma experiência difícil no teatro, e havia recém chegado como psicólogo no consultório e na empresa.
Pensando em unir essas possibilidades de atuação propus junto com outro psicólogo e ator : Fred, uma oficina para pesquisar com um grupo de estudantes as potencialidades criativas do indvivíduo disposto no grupo.
Foi uma experiência impar, alimentanto a alma de esperanças reconhecendo do meu potencial criativo.
Hoje quero retomar essa idéia com outro formato , outra pesquisa , outro grupo.
Apresentando: Teatro com-Ciência
Este workshop tem como principal objetivo realizar um contato introdutório com algumas técnicas e teorias teatrais, psicológicas e filosóficas contemporâneas. Mais que simples conceitos, essas idéias estão presentes na maneira como enxergamos a realidade e nos relacionamos com as pessoas à nossa volta.
Ele é voltado a todos que, de alguma maneira, estão conectados com essas idéias, como estudantes de psicologia, letras, educação, filosofia, teologia, atores e demais interessados na arte da representação.
Partimos do pressuposto que, em nossas cenas cotidianas, em nosso rotina diária, acabamos repetindo idéias e comportamentos ditados pelas normas de conduta da sociedade. É como se tivéssemos um "roteiro", um texto dramático onde nossos diálogos e ações já estivesse escrito e nosso papel é só colocá-los na prática.
A palavra personalidade tem origem na palavra persona, ou seja, a máscara usada pelos atores gregos. Parte dela (de nossa personalidade) acaba fazendo o uso de papéis adaptados a essa realidade e com isso nos tornamos queridos por todos e recebemos nossa cota de carinho. Isso produz neurotransmissores específicos que regulam todo nosso humor, ou seja, na maneira como retribuimos isso ao mundo e em nosso convívio com outras pessoas.
No entanto, caso ocorra uma identificação com esses papéis (sua persona), há o risco do indivíduo tornar se adicto dessas substâncias e não conseguir parar de usar suas antigas máscaras. Perpetuar-se nesses papéis pode até acabar trazendo alívio para algumas dores a curto prazo, mas, no entanto, geralmente acaba afastando o ser de sua verdadeira natureza.
Descondicionar e des-construir papéis para surgir o espontâneo e criativo Ser-em-relação no contexto do jogo cênico.
Esse é o grande jogo dramático da vida onde a não adaptação de um papel ao texto dramático (às regras sociais) em que está inserido, traz a dor da perda e do abandono. Através de atividades didático/vivenciais, procuraremos recriar experiências artísticas genuínas e criativas, que possibilitem uma maior conscientização de ser e atuar no mundo.
Isso possibilita uma ampliação de nossos conhecimentos individuais e coletivos integrados em uma personalidade mais ampla e centralizada.

quinta-feira, 20 de março de 2008

Na pre-sença do encontro.


“(...)Em lugar de passos imperativos , o imperador.
Em lugar de passos criativos, o criador.
Um encontro de dois: olhos nos olhos, face a face.
E quando estiver perto, arrancar-te -ei os olhos e colocá-los-ei no lugar dos meus;
E arrancarei meus olhos
para colocá-los no lugar dos teus;
Então ver-te-ei com os teus olhos
E Tu- me-ás com os meus.
Assim, até a coisa comum serve o silencio
E nosso encontro permanece a meta sem cadeiras:
O lugar indeterminado, num tempo indeterminado,
A palavra indeterminada para um Homem indeterminado(...)”
Moreno.





quarta-feira, 19 de março de 2008

Walking Life


Foi uma bela indicação, sem dúvida:
Era uma primeira noite de uma série de noites perfeitas para um bom filme, me faltava apenas um para completar o montante de 5 e entrar na promoção da videolocadora ( leve 5 pague 10 e fique 5 dias ).
Walking Life foi uma escolha dentre todas as possibilidades e é hoje eleito o filme mais visto por mim .
Sito uma de suas provocações:
" Nessa "ponte" Lorca avisa:
Não é sonho a vida;
Alerta, Alerta, Alerta "

domingo, 16 de março de 2008

Relato de um teatro espontâneo.

Como traduzir sentimentos, sensações e pensamentos em palavras, movimento e ação ?
Como ator de teatro, penso e defendo internamente uma certa coerência de roteiro, um sentido de contexto, um tempo concensual sem falar na "imaginação coletiva" em sintonia entre os atores: "acredite no que estou aqui-agora acreditando."
Amor liquido, espetáculo de teatro espontaneo, mas não só uma técnica do psicodrama Claudia Fernades procura criar um clima favorável com personagens, cenário, sonoplastia, figurino e luz, para que venha a se desvelar um espetáculo sem um roteiro previamente definido.
Posso pensar que tal espetáculo como precesso de co-construção entre; diretor, atores, ator-platéia, e platéia em interação com os outros elementos cênicos, pode proporcionar um terreno fértil para que a espontaneidade e criatividade de cada membro podendo transformar antigas respostas ao mundo em ações, sentimentos e pensamentos mas autênticos.
Pensar sobre as relações amorosas na conteporaneidade é pensar na qualidade dos encontros e desencontros em mim.
Não vivo fora do tempo .
sinto, precebo, compreendo
- Oh escritór: quem é esse personagem que aparece no roteiro ?
- Acho melhor deixa-lo falar por-si.
- Se assim o Sr. desejar...

Sou tudo, de todas as maneiras a todo momento...
Nos ultimos tempos tenho feito um esforço enorme pra me livrar da minha familia, da minha "educação" da minha religião, do meu dinheiro, dos meus livros, da " pqp".
No começo do dia eu olho no espelho, já quando chega o final, esqueço o que eu vi e começo tudo de novo.
meu maior medo é: Ser eu mesmo.
Sou uma pessoa nova a cada dia, de todas as maneiras a todo momento...
por que se eu ficar preso a mim mesmo é iguá a morrer.

sexta-feira, 14 de março de 2008

A esperança


Fui ontem presenteado por essa canção.

que toca o mais profundo ser nessa pre-sença

que traz o acalanto necessário para essa insônia

que orienta um bom devaneio .

que conduz ao estado mais prório.


"Pois quem cultiva a esperança

réga em seu peito uma flor"



A esperança tece a linha do horizonte.

Traz tanta paz , em reluzente doce olhar.

Que nos conforta quando o mar não é tão manço.

Quando o que resta, é só o fim sem luar.

E nasce leve , devagar , em uma canção de ninar.

Que nos acolhe pra dizer: o amor jamais deixou você.


Oh esperança, éis para sempre, sempre viva.

Te oferenço a minha casa pra morar.

Nos meus sentidos, quero ter os teus conselhor.

Na minha voz , quero sempre te encontar.

Se alguma coisa eu temer, estou contando com você.

Pra mi dizer ao me acalmar: que o amor jamais me deixará.

quarta-feira, 12 de março de 2008

nasce hoje!


Procura
pro-cura
pró - cura
pró - curar .

Nasce hoje

sem foguete .

Sem retrato.

Sem bilhete

Sem luar

sem violão .