sexta-feira, 21 de março de 2008

Oficina do Teatro Com-Ciência

Mais ou menos nessa época no ano passado, me lancei profissionalmente. Como ator tinha acabado de sair de uma experiência difícil no teatro, e havia recém chegado como psicólogo no consultório e na empresa.
Pensando em unir essas possibilidades de atuação propus junto com outro psicólogo e ator : Fred, uma oficina para pesquisar com um grupo de estudantes as potencialidades criativas do indvivíduo disposto no grupo.
Foi uma experiência impar, alimentanto a alma de esperanças reconhecendo do meu potencial criativo.
Hoje quero retomar essa idéia com outro formato , outra pesquisa , outro grupo.
Apresentando: Teatro com-Ciência
Este workshop tem como principal objetivo realizar um contato introdutório com algumas técnicas e teorias teatrais, psicológicas e filosóficas contemporâneas. Mais que simples conceitos, essas idéias estão presentes na maneira como enxergamos a realidade e nos relacionamos com as pessoas à nossa volta.
Ele é voltado a todos que, de alguma maneira, estão conectados com essas idéias, como estudantes de psicologia, letras, educação, filosofia, teologia, atores e demais interessados na arte da representação.
Partimos do pressuposto que, em nossas cenas cotidianas, em nosso rotina diária, acabamos repetindo idéias e comportamentos ditados pelas normas de conduta da sociedade. É como se tivéssemos um "roteiro", um texto dramático onde nossos diálogos e ações já estivesse escrito e nosso papel é só colocá-los na prática.
A palavra personalidade tem origem na palavra persona, ou seja, a máscara usada pelos atores gregos. Parte dela (de nossa personalidade) acaba fazendo o uso de papéis adaptados a essa realidade e com isso nos tornamos queridos por todos e recebemos nossa cota de carinho. Isso produz neurotransmissores específicos que regulam todo nosso humor, ou seja, na maneira como retribuimos isso ao mundo e em nosso convívio com outras pessoas.
No entanto, caso ocorra uma identificação com esses papéis (sua persona), há o risco do indivíduo tornar se adicto dessas substâncias e não conseguir parar de usar suas antigas máscaras. Perpetuar-se nesses papéis pode até acabar trazendo alívio para algumas dores a curto prazo, mas, no entanto, geralmente acaba afastando o ser de sua verdadeira natureza.
Descondicionar e des-construir papéis para surgir o espontâneo e criativo Ser-em-relação no contexto do jogo cênico.
Esse é o grande jogo dramático da vida onde a não adaptação de um papel ao texto dramático (às regras sociais) em que está inserido, traz a dor da perda e do abandono. Através de atividades didático/vivenciais, procuraremos recriar experiências artísticas genuínas e criativas, que possibilitem uma maior conscientização de ser e atuar no mundo.
Isso possibilita uma ampliação de nossos conhecimentos individuais e coletivos integrados em uma personalidade mais ampla e centralizada.

Nenhum comentário:

Postar um comentário