quarta-feira, 26 de março de 2008

Esboço de um conto : titulo: sem titulo

Ele come só uma comida sem carne animal.
Uma mulher entrando no restaurante lhe chama atenção.
Apois terminar sua salada ela se aproxima dizendo:
-Posso me sentar aqui?
-Claro. Responde o rapaz, alegre pela demonstração de confiança - afinal ninguém pede para se sentar com ele a muito tempo.
-Silêncio-.
Ele se levanta para repetir o prato e ao voltar repara que uma outra mulher esta perto da mesa a falar com aquela moça.
Parecem íntimas , como se falacem a mesma linguágem e compartilhassem a mesma experiência.
- Acalme seu coração, vou orar por sua mãe. - ela diz a mulher para moça na mesa.
O rapaz inicia seu sengundo prato. Mas algo lhe chama a atenção na moça, sente como se uma presença diferente á sua frente.
Num olhar tímido de canto de olho ele perceber que a moça esta numa posição de reza com as duas mãos unidas de frente ao rosto em profunda meditação.
Começaram a comer após algums instantes.
Um clima estranho os cercam, uma certa tenção.
Para quebar o gelo tornando esse momento mais agradavel, ele afirma:
- Quarta-feira a comida aqui é especial... muito boa.
- Você vem sempre aqui.?
- Venho.
- Você é adventista?
- Não.
(Silêncio)
- Você se alimenta sempre assim sem carne ?
- Sim.
Então ela começa a contar suas experiencias e ensinamentos religiosos, ele a escuta atenciosamente.
Uma funcionária do restaurante se aproxima da mesa alegre e diz a moça:
- Nossa , vocêis já se conheciam ? ele é bem legal. Por que é que você não fala com ele sobre daquele seu problema ...?
Ela, a moça, numa expressão ibrida de alivio e embarço começa sua história:
- "(...) Minha irmã foi moradora de rua e morreu recentemente, tentamos de toda forma traze-la pra casa , mas ela não ia. Ela viveu quarenta anos na rua e dizem que morreu espancada por um homem. Ela havia cuspido em seu filho rescém nascido, furiozo ele a espanca até a morte"(...)
(...)Eu me sinto culpada por não ter sido capaz de salvar a vida dela. Mas ela quis assim(...)
No final da conversa ela revela que estava se alimentanto para enfrentar mais um dia difícil na procura do corpo de sua irmã.
Ele sai da mesa se desulpando por não poder ajudar nesse assunto.
Desculpas essas eram pra si-mesmo que não padecia de tanta dor quanto a dessa mulher , mas se sentia como aquela irmã: morto, sujo e esquecido por si-mesmo.
Ele então ao sair toca sutilmente seu ombro esquerdo e em voz baixa diz:
- Força.

sábado, 22 de março de 2008

sexta-feira, 21 de março de 2008

Oficina do Teatro Com-Ciência

Mais ou menos nessa época no ano passado, me lancei profissionalmente. Como ator tinha acabado de sair de uma experiência difícil no teatro, e havia recém chegado como psicólogo no consultório e na empresa.
Pensando em unir essas possibilidades de atuação propus junto com outro psicólogo e ator : Fred, uma oficina para pesquisar com um grupo de estudantes as potencialidades criativas do indvivíduo disposto no grupo.
Foi uma experiência impar, alimentanto a alma de esperanças reconhecendo do meu potencial criativo.
Hoje quero retomar essa idéia com outro formato , outra pesquisa , outro grupo.
Apresentando: Teatro com-Ciência
Este workshop tem como principal objetivo realizar um contato introdutório com algumas técnicas e teorias teatrais, psicológicas e filosóficas contemporâneas. Mais que simples conceitos, essas idéias estão presentes na maneira como enxergamos a realidade e nos relacionamos com as pessoas à nossa volta.
Ele é voltado a todos que, de alguma maneira, estão conectados com essas idéias, como estudantes de psicologia, letras, educação, filosofia, teologia, atores e demais interessados na arte da representação.
Partimos do pressuposto que, em nossas cenas cotidianas, em nosso rotina diária, acabamos repetindo idéias e comportamentos ditados pelas normas de conduta da sociedade. É como se tivéssemos um "roteiro", um texto dramático onde nossos diálogos e ações já estivesse escrito e nosso papel é só colocá-los na prática.
A palavra personalidade tem origem na palavra persona, ou seja, a máscara usada pelos atores gregos. Parte dela (de nossa personalidade) acaba fazendo o uso de papéis adaptados a essa realidade e com isso nos tornamos queridos por todos e recebemos nossa cota de carinho. Isso produz neurotransmissores específicos que regulam todo nosso humor, ou seja, na maneira como retribuimos isso ao mundo e em nosso convívio com outras pessoas.
No entanto, caso ocorra uma identificação com esses papéis (sua persona), há o risco do indivíduo tornar se adicto dessas substâncias e não conseguir parar de usar suas antigas máscaras. Perpetuar-se nesses papéis pode até acabar trazendo alívio para algumas dores a curto prazo, mas, no entanto, geralmente acaba afastando o ser de sua verdadeira natureza.
Descondicionar e des-construir papéis para surgir o espontâneo e criativo Ser-em-relação no contexto do jogo cênico.
Esse é o grande jogo dramático da vida onde a não adaptação de um papel ao texto dramático (às regras sociais) em que está inserido, traz a dor da perda e do abandono. Através de atividades didático/vivenciais, procuraremos recriar experiências artísticas genuínas e criativas, que possibilitem uma maior conscientização de ser e atuar no mundo.
Isso possibilita uma ampliação de nossos conhecimentos individuais e coletivos integrados em uma personalidade mais ampla e centralizada.

quinta-feira, 20 de março de 2008

Na pre-sença do encontro.


“(...)Em lugar de passos imperativos , o imperador.
Em lugar de passos criativos, o criador.
Um encontro de dois: olhos nos olhos, face a face.
E quando estiver perto, arrancar-te -ei os olhos e colocá-los-ei no lugar dos meus;
E arrancarei meus olhos
para colocá-los no lugar dos teus;
Então ver-te-ei com os teus olhos
E Tu- me-ás com os meus.
Assim, até a coisa comum serve o silencio
E nosso encontro permanece a meta sem cadeiras:
O lugar indeterminado, num tempo indeterminado,
A palavra indeterminada para um Homem indeterminado(...)”
Moreno.





quarta-feira, 19 de março de 2008

Walking Life


Foi uma bela indicação, sem dúvida:
Era uma primeira noite de uma série de noites perfeitas para um bom filme, me faltava apenas um para completar o montante de 5 e entrar na promoção da videolocadora ( leve 5 pague 10 e fique 5 dias ).
Walking Life foi uma escolha dentre todas as possibilidades e é hoje eleito o filme mais visto por mim .
Sito uma de suas provocações:
" Nessa "ponte" Lorca avisa:
Não é sonho a vida;
Alerta, Alerta, Alerta "

domingo, 16 de março de 2008

Relato de um teatro espontâneo.

Como traduzir sentimentos, sensações e pensamentos em palavras, movimento e ação ?
Como ator de teatro, penso e defendo internamente uma certa coerência de roteiro, um sentido de contexto, um tempo concensual sem falar na "imaginação coletiva" em sintonia entre os atores: "acredite no que estou aqui-agora acreditando."
Amor liquido, espetáculo de teatro espontaneo, mas não só uma técnica do psicodrama Claudia Fernades procura criar um clima favorável com personagens, cenário, sonoplastia, figurino e luz, para que venha a se desvelar um espetáculo sem um roteiro previamente definido.
Posso pensar que tal espetáculo como precesso de co-construção entre; diretor, atores, ator-platéia, e platéia em interação com os outros elementos cênicos, pode proporcionar um terreno fértil para que a espontaneidade e criatividade de cada membro podendo transformar antigas respostas ao mundo em ações, sentimentos e pensamentos mas autênticos.
Pensar sobre as relações amorosas na conteporaneidade é pensar na qualidade dos encontros e desencontros em mim.
Não vivo fora do tempo .
sinto, precebo, compreendo
- Oh escritór: quem é esse personagem que aparece no roteiro ?
- Acho melhor deixa-lo falar por-si.
- Se assim o Sr. desejar...

Sou tudo, de todas as maneiras a todo momento...
Nos ultimos tempos tenho feito um esforço enorme pra me livrar da minha familia, da minha "educação" da minha religião, do meu dinheiro, dos meus livros, da " pqp".
No começo do dia eu olho no espelho, já quando chega o final, esqueço o que eu vi e começo tudo de novo.
meu maior medo é: Ser eu mesmo.
Sou uma pessoa nova a cada dia, de todas as maneiras a todo momento...
por que se eu ficar preso a mim mesmo é iguá a morrer.

sexta-feira, 14 de março de 2008

A esperança


Fui ontem presenteado por essa canção.

que toca o mais profundo ser nessa pre-sença

que traz o acalanto necessário para essa insônia

que orienta um bom devaneio .

que conduz ao estado mais prório.


"Pois quem cultiva a esperança

réga em seu peito uma flor"



A esperança tece a linha do horizonte.

Traz tanta paz , em reluzente doce olhar.

Que nos conforta quando o mar não é tão manço.

Quando o que resta, é só o fim sem luar.

E nasce leve , devagar , em uma canção de ninar.

Que nos acolhe pra dizer: o amor jamais deixou você.


Oh esperança, éis para sempre, sempre viva.

Te oferenço a minha casa pra morar.

Nos meus sentidos, quero ter os teus conselhor.

Na minha voz , quero sempre te encontar.

Se alguma coisa eu temer, estou contando com você.

Pra mi dizer ao me acalmar: que o amor jamais me deixará.

quarta-feira, 12 de março de 2008

nasce hoje!


Procura
pro-cura
pró - cura
pró - curar .

Nasce hoje

sem foguete .

Sem retrato.

Sem bilhete

Sem luar

sem violão .